THEMATIC
PHILATELY
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DIRETRIZES
PARA A AVALIAÇÃO DE
PARTICIPAÇÕES DE FILATELIA TEMÁTICA
1 - Exposições de competição
Estas Diretrizes, conjuntamente
com o Regulamento
Especial para a Avaliação de Participações de Filatelia
Temática (SREV), reúnem o mais avançado nível de
conhecimentos e de prática de expositores e de
especialistas em filatelia temática.
Os dois documentos proporcionam informação importante para
- a montagem de participação pelo colecionador;
- a avaliação das participações pelos jurados;
- a formação de opinião por parte dos peritos.
O SREV para as participações de filatelia temática permite
ao colecionador considerável liberdade de preparação da
sua coleção dentro dos limites das normas estabelecidas.
Com este Regulamento, é abolida a antiga subdivisão da classe
temática em "coleções temáticas" e "coleções
por assunto").
2 - Participações
A essência da filatelia
temática requer o equilíbrio e o melhor uso possível do
material, tanto no seu aspecto temático como no filatélico.
Uma participação concorrente a uma exposição de
competição deve, por conseguinte, incluir o material mais adequado
que contribua para o desenvolvimento do tema escolhido, mas tendo também
em vista a sua importância filatélica.
As folhas escolhidas devem:
- dar uma panorâmica de conjunto do tema escolhida, ou
- mostrar em profundidade setores específicos da coleção
como um exemplo sem perder de vista a essência geral do tema,
Em ambos os casos, devem ser observadas a coerência e a continuidade do
tema escolhido.
3 - Princípios de composição da participação
3.1- Material filatélico apropriado
Pode ser utilizada toda a peça filatélica que preencha os requisitos estipulados pelo GREV (ver parágrafo 3.2.3) e que seja, ao mesmo tempo, tematicamente apropriada Por outro lado, a informação temática que apresenta deve ter conotação postal (ver parágrafo 3.2.2)
3.2 - Os elementos de uma participação temática
3.2 1 - Plano
Numa coleção
temática deve existir um plano apropriado e bem organizado que mostre
uma concepção clara do tema.
O titulo e o plano formam um conjunto que deve refletir as características
especificas do tema escolhido.
O plano deve definir a estrutura da coleção e da participação
(uma seleção da coleção) por intermédio de
classificação racional em capítulos principais e suas subdivisões
Deve proporcionar um entendimento claro e compreensível do tema e estar
em concordância com o título.
O plano deve ser mais do que uma simples listagem. Deve detalhar referências
diretas e indiretas, desenvolvimentos e características especificas do
tema escolhido. Deve incluir todos os diferentes aspectos do tema e abranger
a maior área compatível com aquele. Sob este aspecto, deve evitar-se
tanto quanto o tema escolhido o permita, a limitação ou concentração
do desenvolvimento do plano somente a um ou a poucos países
Características
do Plano
O colecionador tem toda a liberdade de escolha do Plano, podendo optar pela
análise de um tema especifico, ou apresentar uma tese de acordo com os
seus conhecimentos e/ou a sua formação cultural e filatélica
E possível desenvolver um tema de uma maneira original através
da elaboração de um plano criativo.
A seqüência do plano pode seguir uma ordem cronológica (histórica,
evolutiva), adaptada ao assunto (científica, sistemática, organizativa,
econômica, etc.,) ou outra baseada em diferente critério (importância,
etc.).
Um plano lógico requer o respeito pelas definições acima
expressas. Em particular, a seqüência dos capítulos supérfluos
ou inadequados
Quando o Regulamento refere que o Plano deve ser correto isso significa que
deve ser preciso, cientificamente verdadeiro e judicioso.
Do mesmo modo, equilibrado significa que deve ser dada a mesma importância
aos diferentes setores, de acordo com o seu significado filatélico e
o material disponível.
Os temas referentes a Organização e instituições
(ex. : Cruz Vermelha, Liga das Nações, Conselho da Europa), a
acontecimentos que se repetem (ex.: Dias do Selo, Jogos Olímpicos), etc.
, podem ser subdivididos de acordo com a sua estrutura, tipo de organização
e natureza dos eventos, segundo uma seqüência de tempo ou de lugar.
Contudo, devem ser mostradas claramente as finalidades, tarefas, resultados
e conseqüências das atividades dessas organizações
ou eventos.
O plano deve ser constituído somente por classificações
temáticas sem quaisquer capítulos genéricos tais como:
"Miscelânea" , "Apêndice", etc., Além
disso, devem ser evitadas subdivisões por datas de emissão e /
ou países, ou por tipo de material (ex.: "Franquias mecânicas",
"Inteiros Postais", etc.,), ou por finalidade de emissão (ex.:
"Aniversários", etc.). Tais peças devem ser colocadas
de acordo com o seu conteúdo temático, aplicando-se o mesmo critério
a estudos filatélicos especiais (ver parágrafo 3.2.3).
Se o expositor decide mostrar um só capitulo da sua coleção,
o plano e o titulo da participação devem ser concordantes com
esse capitulo.
A Folha do Plano
O plano tem de ser dividido
de forma tão detalhada que sejam claramente compreendidas a estrutura
essencial do tema e as suas subdivisões. Subdivisões mais detalhadas
que possam auxiliar a compreensão da participação, devem,
em principio, ser incluídas somente nas respectivas folhas.
Pode usar-se uma classificação numérica (ex. : decimal,
sistematizada) se esta ajudar a tornar a participação mais compreensível
A classificação numérica deve limitar-se às divisões
principais do plano. A experiência indica que é suficiente um sistema
de três dígitos.
O plano apresentado no principio da participação é a melhor
introdução possível para a compreensão do tema.
Não pode ser substituído por uma descrição literária.
Uma folha de titulo introdutória, quando incluída, deve realçar
o tema. Esta pode ser conjugada com o plano desde que o não prejudique.
O titulo e o plano devem ser apresentados numa das línguas oficiais da
FIP: inglês, francês, alemão, russo ou espanhol.
O número de folhas expostas em cada subdivisão da participação,
deve ser indicado, ao lado do número de folhas que constituem a coleção,
para que seja possível avaliar a relação entre a participação
e toda a coleção.
Esta informação, não passível de comprovação,
não deverá, contudo, ser usada com fins de avaliação.
O conteúdo da folha do plano deve ser atualizado de cada vez que a participação
é apresentada.
3.2.2 - Desenvolvimento do tema
O plano e o desenvolvimento
representam os dois aspectos de um processo interligado baseado no estudo pessoal
e pesquisa do colecionador, tanto do tema como do material. Um mais profundo
conhecimento do tema facilita o aumento do numero de fatos e detalhes e a procura
de peças adicionais para os ilustrar. Um mais profundo conhecimento do
material permite a identificação de novas peças, as quais
muitas vezes podem ser justificadas através de estudo adicional do tema.
A profundidade do desenvolvimento do tema é demonstrada pela apresentação
de ligações, referências e ramificações no
âmbito do tema escolhido, bem como através da apresentação
de material invulgar ou mesmo totalmente desconhecido, relativo ao tema.
A qualificação e a concordância temática do material
devem ser claramente demonstradas.
A originalidade tem a ver com a elaboração, bem conseguida, de
novos temas, novos aspectos ou novas abordagens de temas já conhecidos
e novas classificações ou descrições imaginativas.
Um conhecimento completo do tema e do material adequado, é um requisito
prévio para o melhor desenvolvimento temático possível.
A escolha hábil do material e a sua correta colocação e
ordenamento, são necessárias para assegurar um adequado entendimento
do contexto da coleção
O Arranjo Temático
O desenvolvimento é
demostrado na participação pelo correto arranjo temático,
o qual mostra a relação entre as peças utilizadas e o tema,
isto é:
- presença de subdivisões, de preferência no topo das folhas,
de acordo com o plano;
- possível utilização de subdivisões complementares
sob a forma de títulos e subtítulos, para além das divisões
do plano, a fim de proporcionar um entendimento mais fácil do conteúdo
da folha:
- relação correta entre todas as peças expostas na mesma
folha
- seleção das peças mais adequadas para cada detalhe temático
descrito:
- texto correto e curto, mas suficiente para proporcionar uma ilustração
apropriada da contribuição temática das peças
Recomenda-se que o texto deve:
- demonstrar a seqüência lógica no desenvolvimento do plano;
- dar descrições apropriadas dos detalhes temáticos dos
selos e documentos;
- evitar descrições temáticas que não estejam relacionadas,
ou só o estejam indiretamente, com o material apresentado, desde que
aquelas prejudiquem o desenvolvimento temático
A Informação Temática
O desenvolvimento utiliza
a informação temática diretamente representada pelo motivo
e/ou a finalidade de emissão das peças
Utiliza também a informação temática que pode ser
transmitida em resultado de uma análise mais profunda. Neste sentido,
pode também incluir-se:
- no que respeita à finalidade de emissão:
- emissões resultantes de alterações de natureza política;
- emissões que reflitam o espirito de determinada época;
- funções do serviço postal que tenham um significado temático
(ex.: caminhos de ferro, telégrafo, selos para jornais, etc. )
- em complemento ao motivo principal e secundário da peça:
- o texto o estilo artístico da ilustração e particularidades
similares;
- o material no qual as peças foram impressas como, por exemplo, papel
com fios de seda papel de notas de banco, papel de mapas (cartas) militares,
etc. ;
- o desenho da filigrana e a perfuração;
- o texto ou a ilustração de margens, "gutters-pairs ",
"bandeletas" , etc.
A informação utilizada para o desenvolvimento do tema deve ter
conotação postal Neste sentido, a fim de se distinguir entre as
origens postais e privadas, para selos, inteiros postais e outros documentos,
a informação deve ter sido:
- iniciada pelo serviço postal, ou
- introduzida pelo serviço postal (ex.: legendas ou motivos publicitários,
inscrições nas margens, ilustrações dos inteiros
postais) ou
- aprovadas pelo serviço postal (ex. inteiros postais para uso privado).
Não podem ser incluídas impressões adicionais ou sobrecargas
introduzidas por entidades privadas da venda das peças.
As obliterações podem ser de interesse pelo significado especifico
de um nome local, em alternativa, devem conter informação temática
adequada (p. ex. texto de propaganda, ilustração), para além
dos dados relativos ao lugar e/ou à data. Uma marca pré-adesiva
não documenta o local de nascimento de uma pessoa, nem a data de um carimbo
é relevante quando relativa a um fato especial acontecido no mesmo dia
(a não ser que outros elementos temáticos do documento ou obliteração
sejam relevantes para o tema).
Vinhetas, marcas ou carimbos e sobrecargas decorativas, de origem privada, bem
como as coordenadas do remetente e do destinatário, representam informações
privadas e não devem ser usadas no desenvolvimento temático. Em
casos excepcionais, podem ser considerados como parte do documento (mas não
pelo seu contendo temático direto) desde que sejam apropriadas para descrever
uma rota postal especifica ou uma associação temática significativa.
Se um remetente ou destinatário invoca para si privilégios postais
especiais (ex.: redução ou isenção de portes) resultantes
da sua posição, condição ou estatuto (ex. correio
militar ou oficial, etc. ) essa informação pode ser incluída
como tematicamente importante. A indicação de redução
(ou isenção) de portes ou a marca postal de serviço, ou
marcas equivalentes da rota postal, proporcionam evidência suficiente
3.2.3 - O Material Filatélico
O GREV (Art. 3.2) define o material adequado como tendo o " Propósito de providenciar o transporte de correspondência ou outras formas de comunicação postal. Isto dá ao colecionador a possibilidade de selecionar peças com as seguintes características
Tipo de emissão:
- peças postais (selos, cadernetas de selos, inteiros postais, franquias
mecânicas, etc. ) e as suas alterações (sobrecargas, sobretaxas,
perfurações, etc.) Não devem ser utilizadas modificações
da peça postal não relacionadas com o tema da mesma ou que não
tenham relação com o tema da coleção;
- obliterações (ordinárias, flâmulas, comemorativas
e outras marcas postais especiais);
- outras peças usadas nas operações postais tais como etiquetas
de registo, etiquetas e marcas de encaminhamento postal e marcas ou etiquetas
suplementares (ex. : de censura, desinfetadas, de correio acidentado, etc.),
boletins de expedição ("borderaux") e de distribuição
ou de transportes marítimos, "coupons" de resposta, marcas
postais transitórias, etc.
Estas peças devem ser apresentadas sobre documento postal:
- variedades;
- peças tais como "projetos para emissões, ou produzidas
na preparação de emissões", (ex. esboços, provas,
etc.)
Limite temporal
- material postal da era pré-filatélica, de todo o período
clássico, até às emissões atuais e documentos
A utilização de selos comuns e sobrescritos, incluindo alguns
muito modernos, pode ser justificada se forem os melhores para ilustrar detalhes
temáticos importantes .
Função
postal
Para além das peças relativas ao encaminhamento normal do correio,
pode ser incluído o seguinte material: tipos específicos (isentos
de franquia correspondência de serviço e correio militar, incluindo
"Airgraphs" e "V-Mail"); correio marítimo; correio
por caminho de ferro; correio aéreo de qualquer tipo; correio de prisioneiros
de guerra e de campos de concentração; pacotes postais e encomendas
postais (e documentos que os acompanhem):
- selos, marcas e/ou inteiros postais para correio isento de franquia (ex. entidades
oficiais, militares);
- serviço postal de pagamentos;
- diferentes formas de correio automático;
- correio privado, autorizado ou tolerado pelo Correio oficial, ou em exercício
na ausência total de Correio estatal.
Sob a rubrica "outras comunicações postais", estão
incluídos outros tipos de serviços postais, tais como correio
pneumático, telegramas, correio eletrônico, etc.
Não são apropriadas
as seguintes peças:
- emissões fantasmas de territórios postais inexistentes, e/ou
emissões de exílio sem serviço postal;
- obliterações privadas adicionais, aplicadas por um remetente
ou por um fornecedor antes da expedição postal dos documentos;
- postais ilustrados;
- ilustração particulares aplicadas em sobrescritos e postais;
- vinhetas (etiquetas de publicidade) de natureza privada, emitidas com fins
publicitários ou de financiamento
Estas não devem ser confundidas com vinhetas referentes a um serviço
postal especifico (p ex. correio aéreo), ou para autorização
de uma rota postal especial, ou que confiram privilégios postais (ex.:
correio militar ou de prisioneiros de guerra de alguns países), todas
elas perfeitamente adequadas e podendo ser utilizadas.
O material duvidoso tem sempre de ser acompanhado por uma justificação
filatélica cabal dentro de um conjunto de uma participação
já altamente especializada.
Uma descrição filatélica só é necessária
quando uma característica especifica da peça não é
reconhecível com um conhecimento filatélico médio, ou quando
tem de ser descrito um estudo filatélico.
Critérios de seleção
O critério de caráter
postal implica que, dentro dos princípios relativos ao material adequando,
devem ser estabelecidos alguns níveis de referência para a seleção
das peças Os expositores devem procurar as melhores. Se necessitarem
de expor peças de menor qualidade devido a não terem conseguido
melhores, um dos seus princípios objetivos deve ser o de as substituir
tão depressa quanto possível.
Preferência e maior importância devem ser dadas a:
- emissões cujo conteúdo informativo, de natureza política,
histórica, cultural, econômica e/ou similar, tenha uma relação
direta com o país emissor, em oposição a emissões
especulativas que exploram "modas" na filatelia temática. Estas
emissões duvidosas podem, em principio, ser totalmente ignoradas;
- selos genuinamente obliterados, em oposição a selos com obliterações
de favor:
- correio comercial efetivamente circulado com obliterações genuínas,
em oposição a documentos de tipo recordação e peças
similares, criadas para agradar aos colecionadores, como por exemplo sobrescritos
de primeira dia ilustrados (ainda que emitidos por administrações
postais), postais máximos, etc.;
- peças genuinamente circuladas com porte correto e obliterações
temáticas apropriadas, em oposição a obliterações
"de favor", muitas vezes com franquia insuficiente, ou, ainda pior,
obliterações em peças sem selos (a não ser que gozem
do privilégio de isenção de franquia);
- documentos com endereços comerciais individualizados, em oposição
a sobrescritos e postais resultantes de assinaturas;
- franquias postais corretas, em oposição a franquias substancialmente
maiores de vidas a razões filatélicas (ex. séries completas);
- franquias mecânicas com a competente franquia, em oposição
às obliterações de favor a "000"
A relativa raridade ou outras características invulgares de provas, ensaios,
variedades e peças similares, podem aumentar a importância filatélica
da participação. Variedades comuns, como diferenças de
cor insignificantes, ensaios de cor de aquisição fácil,
etc., nada acrescentam à participação e provavelmente afetam
de forma negativa a desenvolvimento temático.
Quando as variedades de impressão, peças sobretaxadas e sobrecarregadas
não apresentam informações temáticas de relevo,
a peça normal deve ser também exposta.
A utilização de postais máximos deve ser limitada a algumas
peças significativas e essencialmente para tornar mais óbvia a
informação do selo. Em complemento à necessária
concordância do assunto, obliteração e data, estas peças
devem ter uma obliteração adequada ao tema.
Estudos filatélicos
Na maior parte das áreas
temáticas existe material filatélica que, sem grande diferença
temática, apresenta um vasto número de importantes variantes filatélicas.
Se este material ilustra, ao mesmo tempo, um ponto muito importante do tema
então são permitidos estudos filatélicos mais profundos,
pelo que este valioso e excepcional material pode ser convenientemente exposto.
A fim de conservar a equilíbrio, o objetivo destes estudos não
deve ser a perfeição, mas a representação das mais
significativas particularidades filatélicas. A extensão do estudo
deve ser proporcional ao nível da especialização da participação,
Contudo, o desenvolvimento do tema não pode ser prejudicado, e a texto
temático deve ser enquadrado dentro do estudo sem quebra do fio temático.
4 - Critérios de avaliação das participações
Os parágrafos anteriores explanam os princípios de composição da participação, as quais correspondem diretamente aos critérios para a sua avaliação. A fim de evitar repetições, os comentários e estes critérios são, par isso, limitados a algumas notas adicionais.
4.1 - Plano e Amplitude
A amplitude será avaliada, comparando a da participação com a que potencialmente pode ser realizada através de um plano muito claro e completo e de um desenvolvimento minucioso e profundo.
4.2 - Desenvolvimento do Tema
Para avaliar a originalidade
da pesquisa temática, devem ter-se em consideração estudos
anteriores do tema, a fim de se verificar quanto o desenvolvimento pode beneficiar
da literatura temática e filatélica disponível, dos catálogos
e da pesquisa documental. Isto pode ser então comparado com a pesquisa
e estudo pessoal, em termos de compreensão, amplitude e profundidade
do tema.
A importância temática é expressa pelo grau de dificuldade
do desenvolvimento, na base da esfera de ação do tema e da relativa
disponibilidade de material.
4.3 - Conhecimentos Filatélicos
Para avaliar os conhecimentos
filatélicos, dentro das possibilidades de um determinado tema, é
dada importância à presença de todos os diferentes tipos
de material filatélica, e sua utilização equilibrada Isto
refere-se em particular à atenção para documentos antigos
(pré-filatélica e clássicos) e também para material
moderno, e para a utilização de peças de áreas geográficas
diferentes.
Deve ser dada maior importância a material que:
- não tenha ainda sido descoberto para a tema em questão ou aí
tenha sido muito pouco investigado:
- se refira a uma área de colecionismo pouco comum;
- tenha uma qualificação temática que não é
imediatamente óbvia e, par isso, necessita de ser descoberta pela expositor.
A importância filatélica de uma participação é
demonstrada pela grau de dificuldade do material disponível em termos
do seu significada filatélico. Um desenvolvimento baseada em material
de elevado interesse filatélico, que não significa necessariamente
ser de enorme raridade, é mais apreciado do que outro para a qual só
existe material comum.
4.4 - Estado e Raridade
O estado é baseado
nos habituais e generalizados critérios utilizados na filatelia. Para
o material moderno, o bom estado é um requisito essencial.
As obliterações devem ser claras, e não macular o desenho
do selo de modo a ser claramente visível o motivo que interessa.
A raridade é baseada nos critérios objetivos tais como a tiragem
da emissão, a dificuldade de aquisição e a presença
de peças excepcionais.
É essencial que as variedades, provas, ensaios, tiras, blocos, etc.,
sejam mais raros do que as peças originais, aumentado-lhes a qualidade
filatélica e para evitar que a participação se tome um
estudo filatélico especializado.
É óbvio que as peças que, apesar de serem muito raras,
não têm ou têm insuficiente relação com o tema,
não devem ser consideradas na avaliação.
4.5 - Apresentação
Os esforços do expositor
são demonstrados pela disposição apropriada nas folhas
das peças e dos textos. São preferíveis folhas brancas
ou de cor pálida que não diminuam o material .
As técnicas de apresentação como, por exemplo, a montagem
e a disposição dos selos e documentos, devem ser consistentes
e cuidadas ao longo das folhas da participação.
Apresentação do material
Nenhuma folha deve apresentar-se
demasiado cheia ou demasiado vazia A fim de evitar enchê-las demasiado,
é suficiente, em principio, expor somente um exemplar de uma série
de muitas peças (selo, inteiro postal, obliteração, etc.
) com a mesma ilustração; a utilização de várias
peças com exatamente a mesma ilustração, deve ser limitada
a circunstâncias especiais, como por exemplo:
- razões de simetria;
- equilíbrio do texto;
- significado temático especifico;
- significado filatélico.
Isto não se aplica quando o mesmo desenho é comum a diferentes
tipos de material (selos e/ou selo/ilustração impressos em inteiros
postais, e/ou obliterações especiais, etc.), ou quando as peças
pertencem a vários países. Algumas vezes a mesma peça pode
ser utilizada para ilustrar diversos pontos temáticos, devido por exemplo
aos seus motivos secundários Sugere-se, pois, que para evitar repetições,
a peça seja exposta em espécies diferentes (ex.: isolada, variedade,
prova, em sobrescrito com uma obliteração temática apropriada,
etc. )
No caso de peças muito comuns, uma folha muito cheia com documentos e
inteiros postais, pode ser evitada expondo apenas as partes temáticas
e filatélicas essenciais através de cortes na folha ("janelas").
Isto representa muitas vezes uma alternativa preferível ao "corte"
dos documentos.
Documentos de maiores dimensões podem, por vezes, afetar de forma desagradável
o equilíbrio temático. Contudo, isso pode ser aceite se aqueles
apresentarem uma maior raridade e um melhor estado do que um selo isolado ou
uma obliteração num fragmento
Em principio, a sobreposição de documentos nem sempre pode ser
evitada, os resultados visuais são menos perturbadores para correspondência
normal, comercial, de serviço e oficial, e no caso de alguns temas (ex.
organizações, acontecimentos, história especifica, etc.
), do que para outros (ex., temas artísticos ou estéticos).
A escolha entre selos novos ou obliterados, é deixada ao critério
do expositor. Do ponto de vista visual, é recomendado que uma participação
contenha apenas uns, ou outros, Quando isto não é exeqüível
por razões filatélicas (ex. um selo que é muito mais raro
no outro estado), ou por dificuldade de aquisição, deve ser, no
mínimo, evitada a mistura de selos novos e usados na mesma folha. Contudo,
a inclusão de peças circuladas numa folha não implica que
todos os selos da mesma folha tenham de ser obliterados.
Os inteiros postais podem ser expostos novos ou circundados, de acordo com a
sua importância filatélica e o gosto do expositor. Não devem
ser cortados. Por outro lado, o uso de "janelas", para inteiros postais
deve ser estritamente limitado a peças muito comuns selecionadas devido
â sua obliteração e nunca devem ser utilizadas quando a
peça é exposta pelo seu impresso e/ou ilustração.
o mesmo selo somente deve ser exposto isolado e sobre carta ou postal, por razões
filatélicas justificadas, Em principio, é suficiente apresentar
o último, sob a condição de ter uma obliteração
temática importante.
Os selos utilizados para descrever o desenvolvimento, não devem ser expostos
sobre documentos sem uma obliteração adequada, a não ser
que o documento tenha um significado filatélico claro. O expositor deve
evitar expor sobrescritos nos quais numerosos selos não se reportem ao
tema como, por exemplo, uma série da qual apenas uma ou duas peças
é adequada.
Texto
A repetição
do titulo da coleção em cada folha, representa apenas um desperdício
de espaço. O cabeçalho da folha deve identificar a classificação
de acordo com as subdivisões do plano e sumariar o conteúdo da
folha. Quando necessário, isto pode ser conseguido apresentando subdivisões
mais detalhadas. Quando é adotado um sistema numérico para o plano
geral, idêntico procedimento deve ser adotado em todas as folhas.
As fotocópias ou fotografias do reverso de um documento, mostrando, por
exemplo, o selo impresso de inteiros postais ou marcas postais, podem ser utilizadas
se apenas desta maneira puder ser apresentada informação importante,
Mapas e diagramas, simples e elucidativos, só podem ser utilizados em
muito poucos e excepcionais casos, como suplemento ao texto, onde ajudem significativamente
a uma melhor compreensão do desenvolvimento e permitam reduzir o texto
5 - Apreciação das participações
O Júri utilizará
a tabela de pontos definida no artigo 5.2 do SREV,
Recomenda-se vivamente que os jurados temáticos preencham um impresso
de avaliação apropriado, a fim de se orientarem numa apreciação
consistente das participações A Comissão Temática
FIP fornecerá um impresso de referência.
A presença de peças duvidosas, falsificadas ou reparadas, que
não estejam claramente identificadas como tal, originará a desvalorização
da participação Por conseguinte, aconselha-se os colecionadores
a efetuarem perícia nas peças duvidosas, antes de as incluírem
na participação.
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